Após uma deliciosa leitura, estou aqui pra apresentar uma entrevista que fiz com a doce e simpática Amanda Vieira autora do livro O Vale das Borboletas publicado pela Editora Dracaena. Na correria entre autógrafos e divulgações, Amanda disponibilizou um tempinho pra realizar essa entrevista, então veja que belo resultado.
A primeira pergunta é de praxe. Amanda, você poderia contar um pouco da sua trajetória profissional como escritora?
Escrever sempre foi uma das minhas paixões, porém eu não via nada de especial nisso. É assim quando você tem facilidade com algo, acaba imaginando que todo o mundo também tem e não dá o devido valor. Um dia, acabei vendo um concurso de poesias de uma editora e em um impulso escrevi dois no mesmo instante “O Começo” e “Se apaixonar”. Enviei o primeiro, imaginando que nunca seria selecionada. A surpresa? Meu poema foi escolhido na mesma semana. Fiquei tão feliz que enviei o segundo, o terceiro... e acabava sempre selecionada. Depois de publicar poema e conto, eu queria algo mais, algo que me consumisse por inteira e que expusesse tudo de bom que eu tinha e que não cabia em uma única página. Comecei a escrever o meu primeiro romance, O Vale das Borboletas. Quando enviei para a editora também achei que não tinha a menor chance, mas em menos de uma semana eu já havia recebido a proposta de publicação. Fiquei muito feliz.
E sua paixão por livros, se deu inicio quando? Conte-nos um pouco sobre.
Desde criança eu sempre gostei muito de ler. Mas a minha paixão aflorou de verdade depois que li Senhora de José de Alencar. Na época eu era uma pirralha, e nem entendia direito o vocabulário tão sofisticado do autor. Lembro que lia o livro com um dicionário na mão e tinha paixão pelas palavras que começavam com “P”: pretensão, prepotente, pretensioso. Até hoje preciso controlar um pouco o meu vício por livros, fazer outras coisas, comprar outras coisas.
O Vale das Borboletas surgiu de uma brincadeira com meu namorado, fizemos uma aposta, e então, nasceu o livro. Na verdade foi mais um empurrãozinho, porque já era uma necessidade minha. Eu sempre li muito, e sempre tive vontade de mudar alguma coisa nos livros que lia, por isso imaginei um livro que suprisse toda essa minha necessidade, que tivesse um pouco de tudo, romance, mistério, aventura, e que mesmo não tendo nenhum ser de outro mundo, fosse um livro mágico.
Qual ou quais os personagens prediletos e em quem você se inspirou para fazê-los?
Clichê ou não, meus personagens prediletos são o casal protagonista, Isa e Heitor. O incrível é que eu não busquei inspiração em nenhum personagem e nem mesmo os criei. Eles simplesmente nasceram do modo que são. Viraram meus amigos, me contaram sua história e amadureceram com ela. Por isso a história flui tão naturalmente, não interferi em nada que me diziam, e quando não queriam conversar, eu simplesmente não escrevia. Isso é um ponto importante para se escrever uma boa história, fazê-la apenas quando se tem vontade, quando se está inspirado. Foi assim que eu fiz O Vale das Borboletas.
O Palco principal escolhido para estória, foi o Vale das Borboletas em MG, você conheceu pessoalmente o local? Por que exatamente este local?
Pretendo ir ao Vale das Borboletas e fazer um vídeo bem legal para mostrar aos meus leitores o lugar que inspirou o livro, porque ainda não tive a oportunidade de ir pessoalmente. Isso não interferiu na criação do livro, porque embora eu tenha me baseado nesse lugar, pesquisado bastante, visto fotos, vídeos, O Vale das Borboletas que descrevo no livro é um lugar meio real e meio imaginado, não é exatamente a cópia fiel de um lugar de Minas. Você vai me achar meio maluca, mas os títulos dos meus livros surgem primeiro que as histórias. Então antes de começar a escrever, eu costumo pesquisar se já há algum livro ou filme com o título. A princípio, eu tinha outro título para O Vale das Borboletas, e pesquisando eu descobri que havia um livro de poemas com o mesmo nome.
O Vale das Borboletas era o lugar que imaginava como palco principal para a estória do meu livro, o engraçado é que eu não me lembro se a estória nasceu antes que eu pesquisasse o lugar, ou se eu pesquisei o lugar para dar vida à estória.
Ao ler o seu livro, percebi que ele é recheado de romance, aventura, suspense e bastante ação. Diferenciou bastante dos demais livros, esperava conseguir esse resultado?
Era um propósito meu. Criar um livro diferente de tudo que se tem publicado atualmente. Eu queria criar um livro para todos os gostos de leitura, que tivesse um pouco de tudo, um livro que eu gostaria de ler. Não acredito que esteja sendo vaidosa ao dizer que consegui isso.
Como foi criar um casal de jovens vivendo o primeiro amor em meio de tramas e turbulências?
Foi uma experiência maravilhosa para mim, até porque falar de amor, mais especificamente de primeiro amor sem ser meloso demais é um pouco complicado. Fugi dessa situação ao colocar bastante ação, mistério e suspense na estória, o romance em si, mesmo sendo algo lindo entre os personagens, fica em segundo plano, porém é de tirar o fôlego porque eles têm que conciliar todas essas descobertas com as reviravoltas que a estória dá.
Achei hilárias as brigas entre Isa e Heitor, onde as provocações e disputas se destacavam de forma divertida. Onde você buscou o gênio dos dois primos?
Como disse, eles já nasceram prontos, com a personalidade que cada um tem, mas não é novidade dizer que quando duas pessoas implicam, isso pode ser amor, o que aconteceu com os dois. Só trabalhei para que essa implicância fosse divertida e não uma chateação para o leitor, o que tornou a estória leve e engraçada.
Em uma entrevista que você cedeu ao o Blog Mademoiselle lovebooks , você declarou que seu namorado fez uma aposta da qual deveriam escrever um livro. Hoje, o que ele acha do resultado dessa aposta? Afinal, ele poderia ter seguido o mesmo destino.
Olha, ele bem que tentou escrever algumas linhas, mas não deu certo. Ele sabe que Deus nos presenteou com dons diferentes, ele é muito bom desenhista, já eu, não consigo rabiscar nada. Mas hoje ele se orgulha muito do meu trabalho, avalia os meus projetos e sempre me dá bons conselhos.
Foi declarada por você a sua paixão por tocar violão, criou algum tema musical para O Vale das Borboletas?
Ah sim, criei uma música para o livro, mas ainda não tive tempo de terminar de verdade, quero mexer na letra, nos arranjos, deixar a música à altura do livro. Gosto de compor quando tenho tempo, só consigo fazer música quando me desligo de tudo, para escutá-la, imaginá-la e isso está um pouco difícil nos últimos dias. Mas prometo que a apresento a vocês algum dia.
Como esta sendo a receptiva dos leitores referente ao livro lançado e você, qual esta sendo a sua reação?
Uau! Os leitores têm sido tão carinhosos comigo, realmente fico encantada com todo o retorno positivo que tenho deles, só tenho a agradecer. Isso é muito importante, especialmente para quem está começando, é uma injeção de ânimo para continuar fazendo outros belos trabalhos.
Como foi a sua procura por Editoras até chegar a Dracaena?
Eu pensei que iria demorar muito tempo até conseguir uma editora que se interessasse pelo livro. Quando mandei para a editora, também mandei para um crítico literário, que iria me enviar um relatório com os pontos positivos e negativos do meu livro, para que eu o concertasse para enviar novamente para outra editora. A surpresa foi que a resposta positiva da editora veio antes do relatório, isso me deixou muito feliz.
Sabemos que a Dracaena apóia 100% os escritores nacionais, assim como você, muitos autores estão conseguindo realizar sonhos. O que você acha dessa acolhida vinda diretamente do Editor Léo Kades.
É muito importante para nós, que estamos apenas começando essa jornada, nos sentir importantes também, assim como qualquer outro autor. E o Léo Kades é sempre muito prestativo, está sempre nos ajudando e esclarecendo qualquer dúvida. A Dracaena cresce a cada dia e com isso os seus autores também se tornam mais reconhecidos.
Leu algum livro nacional lançado atualmente, usando-o como exemplo, o que você achou dessa leitura? A literatura Nacional tem chance de aumentar o mercado?
Li e estou lendo. Com toda certeza a literatura nacional tem nos presenteado com grandes talentos. Ainda há muito preconceito com autores nacionais, mas o pessoal está aos poucos descobrindo que o Brasil também produz literatura e que tem autores tão bons e até melhores que os de fora, basta ter uma chance de descobri-los.
Está com novos projetos? Se sim, seguirá o mesmo gênero?
Estou sim com novos projetos. Atualmente estou trabalhando em uma deles, vai demorar um pouco para finalizá-lo, pois estou no último período da faculdade e tenho algumas prioridades no momento. Posso dizer que O Vale das Borboletas tem um quê de fantasia, mas não é fantasia, o livro que estou escrevendo tem um quê de ficção científica, mas não é ficção científica, curiosos? Esperem para ver. A princípio, o título é “A Cura”, é um livro de amor, fé e esperança contado de uma forma totalmente imprevisível, a semelhança com O vale é que também é um livro com bastante ação, mistério, romance, mas as semelhanças param aí. Ainda não li nenhum livro com o tema, e isso é o que mais me deixa empolgada, já que eu gosto de escrever histórias únicas e diferentes do que se têm visto na literatura.
Um Livro: Senhora
Um Autor: Meg Cabot
Uma música: Não Precisa
Um filme: PS. Eu te amo Um sonho: Pode ser dois? Ter uma casa com uma biblioteca imensa e poder viver de literatura algum dia
Para finalizar, quero agradecer a sua presença aqui no Cia e o tempo que disponibilizou para essa entrevista. Foi muito legal conversar contigo, te desejo muito sucesso. Gostaria de deixar algum recado aos leitores?
Eu é que agradeço a sua companhia, foi muito bom responder as suas perguntas, pois você me permitiu contar aos leitores algo que eles ainda não sabiam ao abordar pontos que ainda não me foram questionados.
Também agradeço aos leitores por todo o carinho, acompanho muito vocês, sei tudo o que dizem sobre mim e sobre o meu livro. Um abraço forte a todos, e não deixem de conhecer um lugar lindo, que vão surpreender vocês, leiam O Vale das Borboletas.
Obrigada mais uma vez por este espaço aqui no Cia.
Bjus
Para quem desejar ler a resenha que foi postada no blog da Cia do Leitor, confere AQUI.
Deseja conhecer mais a autora acesse o Blog AQUI
Compre já o livro O Vale das Borboletas então acesse o site da autora
ou
Acesse o site da Editora Dracaena AQUI
Eeeee... Estarei sorteando marcado autografado do Vale das Borboletas para aqueles que comentarem aqui neste post
Que delicia poder bater um papinho com autores né. Conhecer um pouquinho mais deles por trás das páginas hehehe.
ResponderExcluirAdorei, beijos.
http://bestherapy.blogspot.com.br/
Oi, Ni!
ResponderExcluirEsse livro me chamou a atenção pela capa linda! Gostei muito da entrevista com a Amanda e estou curiosa em relação ao livro.
Parabéns mais uma vez à editora Dracaena por privilegiar e tornar possível o sonho dos cada vez melhores autores brasileiros!
Bjs
Adorei a entrevista!
ResponderExcluirÉ muito legal conhecer um pouco mais dos autores nacionais...
E tenho muita vontade de ler este livro. Parabéns pela entrevista, bjus
Lia Christo
www.docesletras.com.br
Eu já havia lido um pouco sobre este livro no skoob, e de imediato chamou minha atenção, adoro romances, e ultimamente estou adorando ler nacionais, eles tem muito potencial e estão ficando cada vez melhores.
ResponderExcluirParabéns pela entrevista você fez ótimas perguntas e a autora é super simpática, mais um livro que entrou realmente para minha lista!
Bjs
nasproximaspaginas.blogspot.com
A curiosidade é algo inerente ao ser humano. Quando se trata de saber sobre a vida e os anseios de um escritor eu fico maluco pra ler. Foi ótimo saber um pouco mais sobre Amanda Vieira.
ResponderExcluirSou apaixonada pela capa deste livro. Adoro borboletas*
ResponderExcluirGostei muito da entrevista e de saber um pouquinho mais da nossa querida autora nacional*
Beijos :)
Oi Ni,
ResponderExcluiradorei a entrevista!! Já li o livro dela e gostei bastante!!
Bjs