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quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Resenha: O Temor do Sábio - de Patrick Rothfuss

O Temor do Sábio
A Crônica do Matador do Rei: Segundo Dia
Patrick Rothfuss
Editora Arqueiro


Sinopse: Quando é aconselhado a abandonar seus estudos na Universidade por um período, por causa de sua rivalidade com um membro da nobreza local, Kvothe é obrigado a tentar a vida em outras paragens.
Em busca de um patrocinador para sua música, viaja mais de mil quilômetros até Vintas. Lá, é rapidamente envolvido na política da corte. Enquanto tenta cair nas graças de um nobre poderoso, Kvothe usa sua habilidade de arcanista para impedir que ele seja envenenado e lidera um grupo de mercenários pela floresta, a fim de combater um bando de ladrões perigosos.
Ao longo do caminho, tem um encontro fantástico com Feluriana, uma criatura encantada à qual nenhum homem jamais pôde resistir ou sobreviver – até agora. Kvothe também conhece um guerreiro ademriano que o leva a sua terra, um lugar de costumes muito diferentes, onde vai aprender a lutar como poucos.
Enquanto persiste em sua busca de respostas sobre o Chandriano, o grupo de criaturas demoníacas responsável pela morte de seus pais, Kvothe percebe como a vida pode ser difícil quando um homem se torna uma lenda de seu próprio tempo.


Resenha

- Isso não soa nada suspeito. E você ainda se pergunta por que as pessoas falam a seu respeito.
- Não me pergunto por que elas falam. Eu me pergunto o que dizem.

Em O Temor do Sábio nós entramos no segundo dia da narrativa de Kvothe sobre a sua verdadeira história. Continuamos a descobrir o que é a verdade sobre tantas estórias que existem sobre suas aventuras.
E nesse segundo dia nós voltamos para a Universidade, onde Kvothe segue com os seus estudos ao mesmo tempo que lida com sua falta de dinheiro e sua guerra pessoal contra o Ambrose. Guerra essa que por sinal está se acirrando a cada vez mais. Chegando a extremos que Kvothe não havia imaginado.

- Como já foi útil esta aula! - comentou Kvothe, secamente. - Você deduziu uma verdade universal: as coisas geralmente são injustas.

E é devida a uma dessas muitas batalhas que Kvothe se vê sugestionado a dar um tempo na Universidade, tirar um período sabático. A perseguir vento. Sem ter outra alternativaa, Kvothe segue tal sugestão. Por sorte ao mesmo tempo surge uma oportunidade única para ele. O Maer Alveron de Vintas está precisando da ajuda de um jovem talentoso e talvez, se Kvothe souber aproveitar a oportunidade, ele consiga finalmente um mecenas. Um mecenas extremamente poderoso, cujo poder se compara ao do rei e a riqueza o supera.

- Isso é algo que todos têm que descobrir sozinhos - disse Denna, cuja voz foi ficando mais distante. - O que você deseja mais do que qualquer outra coisa? O que você quer tanto, que se dispõe a pagar qualquer coisa para conseguir?


E ao serviço do maer, Kvothe acaba se metendo em situações ainda mais perigosas e fantásticas. E sua reputação começa a atingir níveis inimagináveis, ele começa a se tornar uma verdadeira lenda viva. E é claro que ele está dando uma ajudinha na hora de espalhar as estórias mais absurdas e algumas até mesmo verdadeiras. Além disso, ele continua em sua busca pelo Chandriano, tentando por sua vez descobrir a história verdadeira em meio a lenda. Irônico, não? E talvez o maer possa lhe ajudar nesse aspecto, mas para isso ele precisará usar toda a sua lábia para conseguir as informações que tanto deseja.

É como dizia Teccam: não há nada mais difícil no mundo do que convencer alguém de uma verdade desconhecida.

E no meio de lutas contra ladrões, criaturas encantadas e de seus aprendizados, Kvothe ainda tem de lidar com o maior de todos os seus problemas: Denna. A cada dia que passa ele fica mais seguro que não consegue entendê-la. Mas acima de tudo ele está extremamente preocupado com esse mecenas misterioso dela, ele tem certeza que esse homem é perigoso e queria que ela se mantivesse bem longe dele. Mas como ele poderia exigir qualquer coisa dela? E ainda por cima, ele ainda tem de descobrir o nome do vento….

- Por mais atraentes que sejam algumas coisas, é preciso ponderar os riscos. A que ponto o sujeito quer aquilo, a que ponto está disposto a se queimar?

E enquanto vemos a história tomando os contornos conhecidos e narrados por todos, ficamos nos perguntando o que diabos aconteceu com o Kvothe. O que aconteceu com ele para que nesse momento ele esteja naquela hospedaria narrando a história para o Cronista?

As histórias não precisam ser novas para trazer alegria. Algumas são como velhos amigos. Em outras a gente pode confiar como confia no pão.


Esse livro foi lindamente narrado. Mais uma vez ele nos prende do início ao fim. Você sem fica sedento por mais, para saber cada vez mais da história do Kvothe e ao mesmo tempo esperando ver o velho Kvothe no hospedeiro simpático (acho que entendo bem o Bast). Por mais clichê que pareça, o livro narra a história do homem por trás da lenda. E acaba que a história verdadeira é muito mais emocionante do que qualquer lenda. Mais uma vez 5 estrelas e favorito.
O trabalho gráfico desse livro é mais uma vez impecável. Alegre-se leitor, pois as 960 páginas são totalmente aproveitadas. Nada de espaços em branco para te fazer pensar que o livro é maior. Tem estória até o final da última página, graças a Deus! A única notícia ruim é que o livro 3 ainda não saiu (todos se desesperam). Mas enquanto isso para diminuir o nosso sofrimento, será lançado um livro, como se fosse um conto, sobre a Auri. O livro chama-se A Música do Silêncio e será lançado agora em janeiro pela editora Arqueiro. E como sempre a capa é de morrer de tão linda! 
Então divirta-se com mais essa fantasia épica e se junte a mim, e tantos outros, na espera do volume 3! Boa leitura!

- faço isso para que não deixes de escutar. o homem sábio teme as noites sem luar.


Classificação


Sobre o autor

Patrick Rothfuss reside atualmente na região central do Wisconsin, onde leciona na universidade local. Em suas horas de folga, escreve uma coluna satírica, pratica a desobediência civil e se dedica por diletantismo à alquimia. Adora as palavras, ri com frequência e se recusa a dançar. O nome do vento, ganhador do Quill Award (importante prêmio literário americano, cujos vencedores são escolhidos pelos leitores), é o primeiro romance do autor.






PS: As imagens não são de minha autoria (se eu desenhasse assim…), eu as encontrei no Google.



4 comentários:

  1. Esse livro é lindo demais. Esse e o primeiro. Que capas são essas? Eu já compraria só por elas. rs Mas as resenhas tbm estão muito chamativas. Ainda não tive a oportunidade de ler, mas está na minha lista. :D

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    1. Sem dúvidas, só pelas capas já dá vontade de ler.
      bjs.

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  2. Oi Patrícia, tudo bem?
    Eu sou apaixonada pelos dois livros!! Acho simplesmente incrível a capacidade do autor de criar todo esse universo.
    Parabéns pela resenha.
    Bjkas

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    1. É sempre maravilhoso descobrir um livro bom como esse.
      Obrigada e bjs.

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Bjão
Equipe Cia do Leitor