Pirapato
O menino sem alma
Chico Anes
Scortecci Editora
Sinopse: Num tempo onde os alquimistas eram os mais respeitados homens de conhecimento, o maior entre eles, Bennu, consegue realizar a Quinta Obra da Alquimia - a criação do homúnculo, ou o homem artificial, uma técnica chamada em nosso tempo de clonagem. Pirapato é o resultado desse experimento. Perseguido por Corax, o alquimista negro, o herói parte numa jornada em busca de respostas para seu principal questionamento, que, em última análise, é o mesmo de todos nós seres humanos; tem o clone uma alma imortal? É facultada ao homem artificial a promessa da vida eterna após a morte do corpo material? A obra discute, através da história do 'menino sem alma', aspectos da clonagem humana sob a luz de certos mitos ou sistemas de crenças que compõem nossa cultura. A narrativa utiliza-se de várias alegorias alquímicas. Descobri-las é parte da viagem do leitor, que através delas poderá compreender a substância da alma de Pirapato. Das aves provêem as principais analogias, essencialmente por acreditar o autor serem os pássaros e seus vôos o símbolo máximo da liberdade, e o homem de asas, ou anjo, o mais próximo que nossa mitologia pôde nos deixar da Divindade.
Ano: 2007
Páginas: 271
Editora: Scortecci Editora
A trama inicia com uma narrativa ágil e de tirar o fôlego logo no prólogo, na era medieval, onde somos apresentados ao alquimista Bennu que conseguiu realizar a Quinta Obra Alquímica que seria a criação de um homúnculo (mais conhecido nos dias atuais como clonagem). Bennu está com seu aprendiz Otto tentando fazer o parto complicadíssimo da sua criação, quando são surpreendidos pelo malvado bruxo Córax que estava atrás de seus conhecimentos.
Não quero descrever muito o que acontece nessa cena porque ela é de tirar o fôlego, me vi ali sofrendo junto com os personagens, então vou pular para parte que Otto tem que fugir com o recém nascido homúnculo que recebeu o nome de Pirapato e o livro de Bennu, mas a fuga foi em vão e Córax consegue detê-lo e tomar posse do livro de Bennu e Pirapato.
Córax é o conselheiro do rei de Cávea e criou Pirapato como seu pupilo, mantendo-o dentro do castelo e só podendo sair sob vigilância de guardas uma vez por ano, no dia de seu aniversário. Pirapato já adolescente, consegue entrar em uma parte do castelo super protegida e que dizem ser mal assombrada e lá acaba descobrindo um prisioneiro que revela ser Otto, e conta para ele a sua procedência e tudo sobre seu nascimento, Pirapato encontra então o livro do seu criador Bennu e descobre que ele pode um ser sem alma, e parte a uma busca frenética atrás de um outro alquimista amigo de Bennu que pode lhe ajudar a conseguir uma alma, mas será isso possível? Será o homem capaz de criar uma alma?
Minhas Impressões
O tema alquimia sempre me chamou atenção, O alquimista do Paulo Coelho foi um livro que como este me prendeu do início ao fim.
Pirapato apesar de ser uma leitura um pouco densa, em nenhum momento foi cansativa, aliás foi leitura deliciosa, Chico Anes nos presenteia com uma escrita impecável, não dá vontade de largar o livro. O final da trama não fui muito bem o que eu esperava, mas foi um lindo final.
Esse é o segundo livro que leio do autor, o primeiro foi O sonho de Eva (publicado pela editora Novo Conceito), e ambos foram ótimas leituras, recomendo demais. Chico Anes é um grande talento nacional.
Editora: Scortecci Editora
Resenha
Eis as quatro obras alquímicas “A pedra filosofal que transforma qualquer metal em ouro; o elixir da longa vida que estende a mocidade; a Panacéia Universal um remédio contra qualquer doença que possa existir; e o Alkahest, um solvente universal hipotético que possui o poder de dissolver qualquer outra substância, incluindo o ouro.” Um dos mais famosos alquimistas do seu tempo, Bennu, após conseguir realizar todas as quatro, tenta realizar a quinta obra, que aparentemente nenhum alquimista havia conseguido antes.
Eis as quatro obras alquímicas “A pedra filosofal que transforma qualquer metal em ouro; o elixir da longa vida que estende a mocidade; a Panacéia Universal um remédio contra qualquer doença que possa existir; e o Alkahest, um solvente universal hipotético que possui o poder de dissolver qualquer outra substância, incluindo o ouro.” Um dos mais famosos alquimistas do seu tempo, Bennu, após conseguir realizar todas as quatro, tenta realizar a quinta obra, que aparentemente nenhum alquimista havia conseguido antes.
A trama inicia com uma narrativa ágil e de tirar o fôlego logo no prólogo, na era medieval, onde somos apresentados ao alquimista Bennu que conseguiu realizar a Quinta Obra Alquímica que seria a criação de um homúnculo (mais conhecido nos dias atuais como clonagem). Bennu está com seu aprendiz Otto tentando fazer o parto complicadíssimo da sua criação, quando são surpreendidos pelo malvado bruxo Córax que estava atrás de seus conhecimentos.
Não quero descrever muito o que acontece nessa cena porque ela é de tirar o fôlego, me vi ali sofrendo junto com os personagens, então vou pular para parte que Otto tem que fugir com o recém nascido homúnculo que recebeu o nome de Pirapato e o livro de Bennu, mas a fuga foi em vão e Córax consegue detê-lo e tomar posse do livro de Bennu e Pirapato.
Córax é o conselheiro do rei de Cávea e criou Pirapato como seu pupilo, mantendo-o dentro do castelo e só podendo sair sob vigilância de guardas uma vez por ano, no dia de seu aniversário. Pirapato já adolescente, consegue entrar em uma parte do castelo super protegida e que dizem ser mal assombrada e lá acaba descobrindo um prisioneiro que revela ser Otto, e conta para ele a sua procedência e tudo sobre seu nascimento, Pirapato encontra então o livro do seu criador Bennu e descobre que ele pode um ser sem alma, e parte a uma busca frenética atrás de um outro alquimista amigo de Bennu que pode lhe ajudar a conseguir uma alma, mas será isso possível? Será o homem capaz de criar uma alma?
Minhas Impressões
O tema alquimia sempre me chamou atenção, O alquimista do Paulo Coelho foi um livro que como este me prendeu do início ao fim.
Pirapato apesar de ser uma leitura um pouco densa, em nenhum momento foi cansativa, aliás foi leitura deliciosa, Chico Anes nos presenteia com uma escrita impecável, não dá vontade de largar o livro. O final da trama não fui muito bem o que eu esperava, mas foi um lindo final.
Esse é o segundo livro que leio do autor, o primeiro foi O sonho de Eva (publicado pela editora Novo Conceito), e ambos foram ótimas leituras, recomendo demais. Chico Anes é um grande talento nacional.
Onde Comprar:
http://www.livrariacultura.com.br/p/pirapato-o-menino-sem-alma-2136502?id_link=12571&utm_source=lomadee&utm_medium=afiliado&utm_campaign=lomadee
Sobre o autor
Chico Anes é mineiro, nascido em Barbacena. Formado em engenharia eletrônica e telecomunicações, é pós-graduado em marketing pela FGV. Atualmente mora em São Paulo com esposa e filhas. Pesquisador entusiasta de alquimia, xamanismo e filosofia de fogueira, Chico Anes busca o caminho que tenha coração, o elixir da longa vida e a pedra fundamental que transmuta qualquer coisa em ouro. Sabe onde tudo isso se encontra, mas saber onde está o peixe não quer dizer pescá-lo. Por esse motivo, sua paixão é jogar o anzol nas águas profundas e desconhecidas da mente.
Danielle, tudo bem?
ResponderExcluirO livro parece ter uma trama bem intrincada, e deve ser mesmo interessante pela maneira como você o descreve.
Ótima resenha.
Bjus
Lia Christo
www.docesletras.com.br
Chico Anes é um ótimo escritor, O sonho de Eva também é um livro fantástico.
ExcluirA leitura de Pirapato é, sem dúvida, instigante. Desafia o leitor a mergulhar em um universo repleto de símbolos para dele não sair ileso: afinal, o que nos define como seres humanos? De é feita nossa alma? As perguntas não são respondidas, mas as reflexões que daí nascem são profundas e nos transformam... Com Pirapato, a Literatura cumpre a sua função de humanizar, porque ensina como a vida, com suas luzes e sombras, como bem nos lembra o professor Antonio Candido. Chico Anes, nessa impressionante obra, cria um universo carregado de sentidos que escapam à predictibilidade e nos propõe enigmas que, ao serem vivenciados pela leitura, provocam aquele estranhamento, tão caro a qualquer obra de arte. Parabéns ao autor.
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