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terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Resenha: "Diga aos Lobos que Estou em Casa" - Carol Rifka Brunt

Diga aos Lobos que Estou em Casa
Editora: Novo Conceito
Páginas: 464

Sinopse: 1987. Só existe uma pessoa no mundo inteiro que compreende June Elbus, de 14 anos. Essa pessoa é o seu tio, o renomado pintor Finn Weiss. Tímida na escola, vivendo uma relação distante com a irmã mais velha, June só se sente “ela mesma” na companhia de Finn; ele é seu padrinho, seu confidente e seu melhor amigo. Quando o tio morre precocemente de uma doença sobre a qual a mãe de June prefere não falar, o mundo da garota desaba. Porém, a morte de Finn traz uma surpresa para a vida de June – alguém que a ajudará a curar a sua dor e a reavaliar o que ela pensa saber sobre Finn, sobre sua família e sobre si mesma. No funeral, June observa um homem desconhecido que não tem coragem de se juntar aos familiares de Finn. Dias depois, ela recebe um pacote pelo correio. Dentro dele há um lindo bule que pertenceu a seu tio e um bilhete de Toby, o homem que apareceu no funeral, pedindo uma oportunidade para encontrá-la. À medida que os dois se aproximam, June descobre que não é a única que tem saudades de Finn. Se ela conseguir confiar realmente no inesperado novo amigo, ele poderá se tornar a pessoa mais importante do mundo para June. "Diga Aos Lobos Que Estou Em Casa" é uma história sensível que fala de amadurecimento, perda do amor e reencontro, um retrato inesquecível sobre a maneira como a compaixão pode nos reconstruir.


Resenha:


Então eu cheguei ao fim desse livro e pensei... “preciso indicar essa leitura pra alguém!”


Ok. Como eu vou explicar “Diga aos Lobos que Estou em Casa”? Primeiro é preciso falar do ponto alto do livro, que é a escrita da Carol Rifka Brunt, uma autora que eu ainda não conhecia, mas que já vou procurar outros títulos. De uma forma extremamente delicada e honesta, a autora escolheu retratar o luto de uma garota de 14 anos que perdeu a pessoa que ela mais amava na vida. Tudo se passa nos anos 80, e a autora consegue passar tamanha veracidade nesse trabalho que a gente acredita mesmo ter encontrado um diário antigo e estar lendo.

June é uma garota meio nerd e sem amigos, ainda infantil pra idade e ela não vê problemas nisso. Tudo o que ela tem na vida eram sua irmã mais velha, com quem ela já não se dá tão bem assim, e seu tio Finn, que, aliás, é também seu padrinho.

Ocorre que, como ele é a sua única referência de amigo e protetor, June acaba desenvolvendo um sentimento a mais por ele. Um amor platônico.

O livro começa contando a rotina dos dois, os encontros, as conversas, e toda essa aura perfeita que a autora conseguiu construir passa pro leitor que acaba se envolvendo com os personagens.

E tudo parece maravilhoso até o momento em que não tem para onde fugir, Finn morre e June fica devastada.

Após a morte do seu grande amor, June começa a descobrir indícios de que nem tudo o que ela sabia era verdade, não apenas sobre Finn como sobre todos à sua volta.

Finn morre de AIDS e a história se passa em 1987, quando quase ninguém entendia como essa doença funcionava, como era transmitida e não havia esperança de longa sobrevivência.

Após o velório, June conhece Toby, o homem que toda a sua família odeia e condena por ter matado Finn. Acontece que só então June descobre que seu tio era gay.

Dentre as Heranças do falecido a garota recebe um bule secreto, uma pintura de meio milhão de dólares com muitos significados e um livro que traz uma mensagem de Finn: “Cuide de Toby, ele não tem ninguém”

É então que a garota começa a sair escondida de casa e vai encontrar com esse estranho misterioso que também parece desesperado para manter contato com ela. A partir daí não tem mais como parar de ler a história que vai juntando pedaços dos segredos que todos os personagens esconderam durante toda a vida.

Com uma narrativa inocente e forte ao mesmo tempo a Autora emociona e surpreende o leitor. Essa é a história de desenvolvimento emocional e psicológico de uma garota que só na dor pôde descobrir o significado real de amar alguém.

“Finn continuava se esgueirando pra dentro da minha cabeça. Desejei que ele tivesse sido enterrado em vez de cremado, porque, assim, eu poderia tirar as luvas e apertar a palma das mãos no solo e saber que ele estava ali em algum lugar. Que, por meio de todas aquelas moléculas de terra congelada, ainda havia uma conexão. [...]
Quando me sentei vieram os uivos.”



12 comentários:

  1. Olá, Piter, tudo bem?

    Não conhecia a obra, mas achei a premissa bem interessante. Esye não seria um livro que eu compraria pela capa, achei ela bem estranha. hahaahah Mas curti o conteúdo. Dica anotada! ;)

    Beijos,
    Dai | Blog Cheiro de Livro Nacional

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  2. Olá,

    Bem legal sua resenha, eu não conhecia o livro confesso. Mas pela premisa dele não consegui me ver lendo ele. Uma pena, mas gostei da capa. Bem feita ela. Mas valeu pela dica.

    Beijos.

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  3. oi ^^
    eu tava querendo ler esse livro faz tempo e meu exemplar tá pegando poeira, mas to criando coragem de pegar pra ler esse ano ainda!
    gostei da sua opinião e confesso que não sabia direito sobre o que se tratava exatamente, mas chamava muito minha atenção.

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  4. Oie,

    Eu já estava curiosa com esse livro há um tempo, apenas pela capa, na maioria das vezes eu não leio sinopse! E lendo a resenha, percebi que é um livro que carrega uma carga emocional, e eu tenho certeza de que vou gostar da história!

    Mayla

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  5. Nossa,adorei a resenha!
    Obrigado por indicar esse livro.
    Já me sinto lendo ele,de verdade,entrou pra minha wishlist e furou a fila! ahaha

    http://estantelivrainos.blogspot.com.br

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  6. Oiii, tudo bem?
    Adorei a sua resenha e quero muito ler agora o livro hahaahhaa
    Beijão
    http://segredosliterarios-oficial.blogspot.com.br/

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  7. Oi
    Sabe que comprei esse livro, mas ainda não li... A história parece ser bem bonita e emocionante.
    Vou colocar ele na minha pilha de livros pra ler ;)
    Parabéns pela resenha
    Beijinhos
    Renata
    Escuta Essa

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  8. Li a resenha e fiquei encantada com a temática do livro, apesar de saber que ele provavelmente é um soco no estômago literário. Mas preciso lê-lo. N E C E S S I T O.

    ;*

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  9. Gostei da temática do livro, principalmente por trazer essa visão de como a AIDS era tratada em décadas passadas. Ainda há muito preconceito, então é importante ser discutido esse tema.

    Beijos!

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  10. Uma ex-resenhista lá no blog leu e elogiou muito esse livro. É meio antigo, mas parece mesmo bem desenvolvido, bem escrito e que prende a atenção. Acabei que não li, e admito que ele nem é prioridade hoje. Mas sem dúvida sei que é um bom livro.

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  11. Oiii.
    Poxa, fiquei emocionada somente em ler esse quote, imagine lendo o livro! Ultimamente tenho expandido os gêneros de livros para ler e gostei muito da premissa e sua resenha, parece realmente ser um livro muito legal! Vou adicionar a lista de quero ler. Flores no Outono

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  12. Oie!
    Não conhecia esse livro, mas gostei muito da premissa da história!
    É um livro que me deixou curiosa.
    Dica anotada!!!
    Beijos!

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Bjão
Equipe Cia do Leitor