A ARMA ESCARLATE
Sinopse: O ano é 1997. Em meio a um intenso tiroteio, durante uma das épocas mais sangrentas da favela Santa Marta, um menino de 13 anos descobre que é bruxo.
Jurado de morte pelos chefes do tráfico, Hugo foge com apenas um objetivo em mente: aprender magia o suficiente para voltar e enfrentar o bandido que está ameaçando sua família. Neste processo de aprendizado, no entanto, ele pode acabar descobrindo o quanto de bandido há dentro dele mesmo.
Resenha: Lembro-me que no meado de 2011, estava eu visitando alguns livros no Skoob e deparei-me com uma capa de um livro que me atraiu enigmaticamente. Havia a imagem do Corcovado rodeado pela favela e uma fumaça vermelha que, claro a primeira vista lembrava sangue. Pensei: “Um livro sobre guerra do tráfico” li o título A Arma Escarlate novamente pensei: “Um livro sobre o Apocalipse no Brasil” ao ler a sinopse mudei minha opinião.
Bruxos, Brasil, tráfico, magia?! Aprofundei-me na pesquisa do livro e amei o resultado.
“Achei fantástica a idéia de criar uma escola de bruxos no Brasil!”.
Curiosidade: Você sabia que temos 5 escolas de bruxos no país?! Relaxa... Usemos a imaginação e brinquemos com ela mergulhando nessa fascinante história.
À primeira vista os curiosos pensam que é mais um “Print Screen” do livro de Harry Potter, sendo que brasileiro. Não! Nada tem a ver com Harry, são estórias distintas e personagens completamente diferentes.
Claro que por obra da criatividade da autora às vezes são mencionadas fatos que aconteceram em Hogwarts, afinal, pelo contexto do livro as escolas de bruxos existem e os fatos acontecem paralelamente em locais diferentes tanto na Europa, no Brasil e outras partes do mundo.
E novamente o leitor exclama: “Favela!! Um bruxo na favela! Tinha que ser Brasil mesmo...”
Olha o preconceito, ai, ai, ai!
Não é uma estória de um bruxo em uma favela e sim, um bruxo de uma favela. Poderia ser de qualquer lugar, mas o objetivo inicial no meu ponto de vista é mostrar a realidade da nossa mista sociedade. Abrangendo temas como: Tráfico de drogas, violência, corrupção e problemas sociais. São questões bem colocadas e nos faz pensar mais no próximo, na dificuldade do outrem.
Portanto, antes de sussurrar ou exclamar negativamente, apenas leia e no final me procurem pra dizer o que achou.
A estória começa em 1997, no meio da guerra do trafico na favela do morro da Santa Marta no Rio de Janeiro, foi usado um cenário real, situações reais para conhecermos o nosso protagonista, Hugo, morador da favela e também vítima dos abusos e da violência.
Aos 13 anos de idade Hugo entra em uma enrascada do qual pra se livrar dela deverá fugir do morro, das ameaças do dono do tráfico. E coincidentemente recebe uma carta de uma forma estranha para fazer parte de uma também estranha escola. Uma escola de bruxos. Sem pensar duas vezes vai de encontro ao destino na escola N. Sra do Korkovado.
Lá ele conhece e faz amizade com uma turminha da pesada, os “Pixies”, são eles Viny, Caimana, Capi e Índio. Os revolucionários radicais (do bem) que põe em prática seus atos considerados aos olhos dos cordenadores vandalismo, mas, o fato que são apenas brincadeiras de jovens adolescentes com o objetivo principal de alertar, acabar com a injustiça, como bulling e mudar o mundo pra melhor (começando pela escola).
Viny é meu personagem favorito, um patriota, valoriza o nosso país em suas citações e atitude. É doido por aventura entra numa briga por justiça e transforma esta mesma briga em uma divertida brincadeira. Bem humorado e amado por todos.
Caimana é a namorada de Viny, forte e independente. Igualmente justa e apaixonada. Sempre disposta em ajudar quem precisa dela, mas, tem pavio curto quando tem que defender seus amigos. Vive um amor louco com Viny, mas no final eles se entendem, se encaixam.
Capi, um anjo na vida de Hugo e de todo ser vivo. Esta sempre a disposto a ajudar as pessoas mesmo que se prejudique no final. É a favor da paz, é calmo e amável, fiel aos amigos, fiel a sua causa, a escola, aos professores e é muito justo.
Índio, amigo, desconfiado, justo, intrigado, sábio, arredio, intuitivo, sensato e adora perturbar Hugo (hobby nº1)
Hugo, nosso protagonista esquentadinho. Exato! Ele não tem papa na língua, fala o que pensa, até nas horas mais impróprias, não abaixa a cabeça e é muito desconfiado. Como conseqüência de seus atos, sempre termina em confusão ou castigo.
Confesso que fiquei diversas vezes irritada com Hugo, por tomar decisões que o prejudicava e aos outros, por ser “cabeção”, mas a realidade é essa mesmo, muitas vezes seguimos por estradas pedregosas, caímos nos machucamos e ainda assim precisamos levar outros tombos mais até aprender.
Todos os personagens têm um lado carismático, uma personalidade única que os faz ser encantadores.
Gostaria de falar mais sobre cada personagem, mas creio que o fizer estarei dando spoiler do livro.
Ponto alto para os Pixies são... hilários!
Ponto altíssimo para as citações da escola de Hogwarts e uma em especial onde é mencionada tal escritora que escreveu livros sobre bruxos. J
Mas, posso assim dizer que o livro me prendeu do inicio ao fim, uma aventura de tirar o chapéu deixou-me super ansiosa pela continuação.
A verdade que, “A Arma Escarlate” é uma bela obra, uma descoberta, é mágico!
Um livro cheio de mistério e ação. Valoriza também a cultura e o folclore brasileiro e ainda fazemos um tour imaginário por todos os pontos da cidade que é um delírio e temos muitos altos e... Altos!
Foi amor a primeira lida.
Nota: 10