quarta-feira, 16 de julho de 2014

Resenha: Eleanor e Park - de Rainbow Rowell

Oba gente!
Vou irei resenhar hoje um livro muito emocionante que devorei e ainda estou com fome dele! Recebi da nossa querida parceira, Editora Novo Século o maravilhoso livro ELEANOR E PARK escrito por Rainbow Rowell uma fascinante história de amor e aprendizado... *-*

Eleanor & Park 
Rainbow Rowell
Novo Século
Sinopse:
Eleanor & Park é engraçado, triste, sarcástico, sincero e, acima de tudo, geek. Os personagens que dão título ao livro são dois jovens vizinhos de dezesseis anos. Park, descendente de coreanos e apaixonado por música e quadrinhos, não chega exatamente a ser popular, mas consegue não ser incomodado pelos colegas de escola. Eleanor, ruiva, sempre vestida com roupas estranhas e “grande” (ela pensa em si própria como gorda), é a filha mais velha de uma problemática família. Os dois se encontram no ônibus escolar todos os dias. Apesar de uma certa relutância no início, começam a conversar, enquanto dividem os quadrinhos de X-Men e Watchmen. E nem a tiração de sarro dos amigos e a desaprovação da família impede que Eleanor e Park se apaixonem, ao som de The Cure e Smiths. Esta é uma história sobre o primeiro amor, sobre como ele é invariavelmente intenso e quase sempre fadado a quebrar corações. Um amor que faz você se sentir desesperado e esperançoso ao mesmo tempo.

Resenha:
O que falar dessa história arrebatadora?

Fui surpreendida com uma história encantadora de dois jovens se descobrindo, se envolvendo e se entregando a uma paixão proibida. Apreciei o dia-a-dia de Eleanor e de Park através de seus olhos, suas perspectivas, seus segredos, sonhos, aflições e descobertas, estavam intimamente expostos para que eu, como leitora, pudesse desfrutar e sentir na pele as emoções de personagens tão peculiares e tão apaixonantes. Como não apaixonar?

Somos arremessados ao ano de 1986, onde bandas como U2 e Smiths, estavam no "auge" do sucesso, assim como febre dos HQs, as primeiras edições de Watchmen e o viciante X-Men. Era a fase dos namoros incorruptíveis e a inocência dos jovens ainda existia. Onde uma troca de olhar, um segurar nas mãos e um cobiçar por um beijo era algo considerado inapropriado pra uns, sensual para outros e muito romântico para todos. E é nesse clima que somos apresentados aos nossos protagonistas Eleanor e Park. 

Conhecemos os dois lados da moeda, da plebeia e do príncipe "encantador"...
Eleanor, uma adolescente de 16 anos que vivia e/ou sobrevivia com sua família de cinco irmãos e sua mãe em um cubículo que eles chamavam de lar, onde tinha que dividir as poucas refeições entre eles, claro, após o padrasto se empaturrar e deixar as sobras para os demais. Usava roupas masculinas compradas em brechós (roupas eram luxo, gastos excessivos, assim dizia o padrasto) e tinha um cabelo ruivo desgrenhado e maltratado pelo uso indevido de detergente de lavar louça, já que não possuía shampoo e muito menos escova de dentes. Acabara de se mudar para aquela pequena cidade e já sonhava em sumir dela, mas, não antes de libertar seus irmãos das garras do tirano padrasto.
Eram crianças mal nutridas e inseguras, existia a ausência de afeto e a presença do medo por conta das violências verbais e físicas de seu padrasto contra a sua mãe, que mostrava-se cada vez mais fraca até mesmo para defender a própria cria. Sim, uma família totalmente desestruturada e falida diante da violência do lar e perante uma sociedade omissa e preconceituosa.

Era assim o dia-a-dia de Eleonor e já aceitando sua condição naquela casa, calava-se das injustiças acometidas pelo seu padrasto e trancava-se em “seu” quarto a fim de se refugiar e perder-se em seus livros, os mesmo livros que era obrigada a esconder com todo zelo, já que seu padrasto tinha o sádico prazer de destruir tudo que a fazia feliz.
Foi em seu primeiro dia de aula na nova escola que as coisas começaram a mudar para Eleanor. Por ela ser novata não possuía um "lugar" marcado no ônibus e os alunos já implicando com seu jeito de vestir e agir, não lhe cederam as vagas que existia ao lado de cada um deles, e pra completar, começaram a zombar dela, constrangendo e inibindo-a ainda mais. 

É nesse ensejo que Park, um jovem de descendência coreana, vendo toda a cena deprimente, ainda que se sentindo contrariado resolveu ajudá-la cedendo um lugar ao seu lado para a "ruiva com cara de boneca e roupa estranha" pudesse sentar. Estava um tanto temeroso com o risco de perder o respeito que conquistara entre os amigos na escola, não a cumprimentou, não se apresentou e nem dirigiu nenhuma palavra durante todo o trajeto de ida e volta da escola, não podia dá bandeira...
Passou a ser a sua rotina, Eleanor sentava diariamente ao lado de Park, o "mestiço lindo caladão" de poucos amigos, mas muito respeitado pela turma. Ela bisbilhotava pelos cantos dos olhos os gibis que ele lia durante o percurso para a escola. Mas, sempre em silêncio. 

Já Park, era neutro diante do comportamento dos alunos exaltados e encrenqueiros, ficava sempre na dele quando o demais zombavam de Eleanor. Surpreendia-se toda manhã com Eleanor, por conta de seu guarda-roupa meio excêntrico. Mas, nada falava, nada impedia, nada via ou ouvia.
Ao perceber que Eleanor espiava seus HQs enquanto ele lia, atraiu sua atenção, gostou da ideia de compartilhar suas revistas, passou em silêncio a exibir mais os gibis e folheá-los devagar para que Eleanor o acompanhasse na leitura.
Aos poucos ele vai cedendo, encontrando motivos que o fizesse abrir mão de seus falsos amigos e acolher Eleanor em uma grande e inesquecível amizade. Park estava envolvido e apaixonado e Eleanor encantada com sua gentileza, com a vida dele, com a família dele, encontrou nisso forças pra enfrentar seus fantasmas, não que seus problemas fossem desaparecer, mas ter alguém com quem contar era o inicio de grandes mudanças e surpreendentes revelações.
Impressões:

 Um romance viciante e emocionante.
Extremamente lindo!

Me encantei com a narrativa da autora Rainbow Rowell, escrachado, jovial e poético.
O livro tem uma diagramação bem simples e possui 325 páginas dividida em 58 capítulos curtíssimos e cada capítulo temos parágrafos com seus nomes "Eleanor ou Park" indicando que ali, teremos a passagem ou pensamento do personagem nomeado. Achei muito interessante e criativo.

Quando li a sinopse de Eleanor e Park, algo me dizia que não iria me arrepender, é interessante como dificilmente erro nos meus instintos e não foi diferente com esse livro. É encantador, algo beirando a inocência e comovente, pois mostra uma brutal realidade, nos faz querer envolver-se, brigar, ajudar, como se tudo fosse real. 

Creio que exista no mundo jovens e adultos, vivendo "Dias de Eleanor" em suas vidas. Muitos ainda nem chegaram perto de superarem os problemas. Talvez por isso me senti tão comovida com essa linda história de amor, por que é muito real os percalços que enfrentamos e sobreviver à eles sem sair feridos é ainda mais difícil, no entanto, tudo se torna menos doloroso quando se tem alguém com quem contar, apoiar e receber amor.
Estar dentro da cabeça de Eleanor e de Park nos faz ficar mais próximos deles (leitor x personagem), sentimos de perto a dor, angustia, tristeza, medo, alegrias, ansiedade e claro, amor puro e verdadeiro, como a muito tempo não via. 
E essa aproximação me fez admirar cada atitude do jovem casal e desejar que todas as "Eleanores" do mundo tivessem um Park para consola-las e salvá-las das garras daqueles que nos querem mal e nos aflige. 
Os momentos em que os dois estavam juntos, ora curtindo um som, ora lendo um gibis, ora criando sonhos, eram mágicos. E quando rolou o primeiro beijo, àquele que tanto desejei ver durante a leitura, chorei. Foi lindo!
Chorei emocionada com o carinho de Park, chorei pela tristeza de Eleanor, chorei pelo apoio dos pais de Park, chorei pelas aflições de Eleanor e sua mãe, chorei e também sorri no decorrer de todo o livro. E quando chegou o fim, novamente chorei .

Digamos que o desfecho me deixou...
... suspirando.

É um livro indicado para todas as idades, os jovens vão se apaixonar, os adultos irão relembrar e os idosos vão nostalgizar

Direitos autorais das imagens são de:
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10 comentários:

  1. Já estava doida para ler agora então mais ainda.... adoreina resenha Nizete.

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  2. Oi Nizete :)

    Eu já li Eleanor e Park e também já fiz resenha. Concordo com você em vários aspectos. Eu me encantei com o estilo diferente da narrativa da autora e com os dois personagens. Beijos!

    http://euvivolendo.blogspot.com.br/

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  3. adorei a resenha, quando comecei a ler tbm pensei q PARK iria zombar de Eleonor p/ causa das roupas (lagas) q ofereceu p/ ela sentar ao seu lado, nem olhou p/ ela porque ñ q perder o respeito dos colegas. Eleonor tinha 5 irmãos e um padrasto tirano e uma mãe meio q largada, ela e seus irmão passavam necessidades, mas ela o q mas q era , carinho e seu livros, mas como nem tudo e só ruim ela e PARK se apaixonam ,, primeiro amor ( adolecente) , linda historia pena q é só a resenha , mas nos da uma base como é o resto (mto bom) vontade imensa de ler todo o livro, pois historias de adolecentes me encantam p/ suas primeiras descobertas sobre o amor.

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    1. A arte imitando a vida... Eleanor representa toda jovem que mesmo em meio da tempestade, consegue desviar das gotas e encontra um abrigo que chamamos de amor.
      É um livro emocionante, vale muito a pena ler e sonhar.

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  4. querida Ni, sou filho dos anos 80, dizem que foi a década perdida, mas não pra mim. nunca mais consegui nada parecido ao rock dos 80, até hoje todos sabem de cor as canções e meus filhos as preferem ao rock de agora. the smiths, u2, the cure, dire straits, a-ha, b-52, putz... é gente demais. e os brasileiros: paralamas, titãs, ultraje, nenhum de nós, biquini, uns e outros... perdi a conta. x-men, depois o maravilhoso watchmen seriam revolucionários, HQs além de seu tempo, fantásticos. este livro é a minha cara, é para reviver bons momentos, inclusive os de paixão adolescente. adorei o post querida!

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    1. Também vivi intensamente os anos 80, e como você digo que foi a melhor fase de minha vida. Os mesmos rock da época ainda são cantados em todos os lugares, sim, até o rock nacional tornou-se inesquecível.Coisa que hoje não podemos dizer o mesmo... A geração coca-cola, do Legião Urbana! Uhuuuu!!! O beijo na boca roubado, que nos fazia corar... ai ai . Adoooorei ter vivido essa fase, pena para aqueles que não tiveram esse gostinho.

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  5. Olá Ni!
    Que livro lindo...
    Amei a sua resenha.
    Parece ser uma história muito bacana. Quero muito ler esse livro.
    Beijinhos!
    http://www.eraumavezolivro.blogspot.com.br/

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  6. Que história apaixonante. Você escreve bem menina! Não sei mais o que me cativou, se foi a sinopse, ou a sua resenha. Mas, anotei minha próxima compra. Anos 80 sempre será o ano de descobertas e vitórias. Gostei muito, parabéns.

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  7. Que personagens cute, que historia cute, que resenha extra-cute!
    Apaixonei.
    Kazumi

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Bjão
Equipe Cia do Leitor