terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Resenha: O Despertar do Príncipe - de Colleen Houck

O Despertar do Príncipe
Deuses do Egito - Livro 1
Colleen Houck
Editora Arqueiro

Sinopse: O despertar do príncipe é o primeiro volume da aguardada série Deuses do Egito, uma aventura fascinante que vai nos transportar para cenários extraordinários e nos apresentar a criaturas fantásticas da rica mitologia egípcia. Colleen Houck é autora de A maldição do tigre, série que já vendeu mais de 500 mil exemplares no Brasil. “Os fãs de Rick Riordan vão se divertir com esta fantasia. Uma narrativa incrivelmente bem pesquisada com um ar de mistério e romance.” — School Library Journal Aos 17 anos, Lilliana Young tem uma vida aparentemente invejável. Ela mora em um luxuoso hotel de Nova York com os pais ricos e bem-sucedidos, só usa roupas de grife, recebe uma generosa mesada e tem liberdade para explorar a cidade. Mas para isso ela precisa seguir algumas regras: só tirar notas altas no colégio, apresentar-se adequadamente nas festas com os pais e fazer amizade apenas com quem eles aprovarem. Um dia, na seção egípcia do Metropolitan Museum of Art, Lily está pensando numa maneira de convencer os pais a deixá-la escolher a própria carreira, quando uma figura espantosa cruza o seu caminho: uma múmia — na verdade, um príncipe egípcio com poderes divinos que acaba de despertar de um sono de mil anos. A partir daí, a vida solitária e super-regrada de Lily sofre uma reviravolta. Uma força irresistível a leva a seguir o príncipe Amon até o lendário Vale dos Reis, no Egito, em busca dos outros dois irmãos adormecidos, numa luta contra o tempo para realizar a cerimônia que é a última esperança para salvar a humanidade do maligno deus Seth. Em O despertar do príncipe, Colleen Houck apresenta uma narrativa inteligente, cheia de humor e ironia.

Resenha

Lilliana Young é uma garota rica de Manhatan que mora na cobertura de um hotel com os pais. Em troca da vida de luxo e comodidades, Lilliana tem apenas três  obrigações: somente tirar notas 10, aguentar os amigos e eventos dos pais e não namorar alguém que os pais não aprovariam. Ela não vê problemas nessa vida, já super acostumada com sua gaiola dourada. Para se distrair e conseguir um pouco de privacidade, ela costuma ir para o MET, onde tem a entrada garantida, pois os pais são grandes benfeitores do museu. E é para lá que ela vai para pensar em uma forma de convencer os pais a permitirem que ela vá estudar em uma faculdade / curso da preferência dela.

E é justamente por precisar de sossego para pensar, que ela acaba indo para uma área temporariamente fechada no museu (ela consegue acesso porque todos já a conhecem), onde está sendo montada uma nova exposição egípcia. Mas eis que durante seu isolamento ela percebe que não está tão sozinha como imaginava. Ela começa a escutar barulhos esquisitos, acaba encontrando um sarcófago vazio e do nada um rapaz aparece. Como se não bastasse o cara aparecer do nada onde não deveria estar, ele ainda por cima está vestindo somente um saiote plissado e é completamente careca. Mas uma coisa ela tem de admitir, o cara realmente é lindo.
- Preciso de substância, jovem Lily - disse ele, avançando.

- Substância. Certo. - Por favor, não deixe o Modelo estrangeiro virar o Hannibal Lecter. (…)
É claro que nós sabemos se tratar de um príncipe egípcio recém despertado (o nome do livro nos ajuda a chegar à essa conclusão), porém Lilliana não tem idéia de quem é aquele maluco que, para começo de conversa, nem parece falar a língua dela. E a partir do momento que esse príncipe entra na vida dela, tudo que ela conhecia, toda a sua rotina perfeita, vira de ponta cabeça. Pois esse príncipe, Amon, precisa da ajuda dela agora para despertar seus outros dois irmãos, que eles nem ao menos sabem onde estão, e para se adaptar ao nosso tempo. E eles vão precisar encontrar os irmãos do Amon rapidamente, pois ele não despertou atoa. Se ele não cumprir o dever que possui, um terrível mal irá cair sobre a humanidade, um mal que eles vêm combatendo há milênios. Amon é na verdade como uma encarnação do Deus Sol, que a cada mil anos, junto aos seus irmãos, combate um deus obscuro.
Falando do capeta do sol… Amon estava mesmo vindo atrás de mim.
E de uma hora para outra Lilliana, que passa a se considerar mais ela própria através do apelido dado por Amon, Lily, descobre uma força e coragem dentro de si que nunca imaginou possuir. E também acaba descobrindo o amor (obviamente), embora seu lado racional não pare de lembra-la que não existe muito futuro em se apaixonar por uma múmia de milênios de idade que tem a responsabilidade de salvar o mundo. Mas independentemente de seus sentimentos, Lily não vai desistir de ajudar Amon, não importando até onde deverá ir ou o que deverá enfrentar. E o que não vão faltar são desafios à frente dos dois.
Eu, Lilliana Jailene Young, estava correndo o risco de perder a cabeça por causa de um cara, um cara maluco, fascinante, inexplicável, impossível de entender.
A aventura empreendida por Lily e Amon tem um ritmo frenético, eles estão sempre a caminho de algum lugar, enfrentando algum perigo. A relação deles vai evoluindo aos poucos, e a Lily também vai evoluindo. De uma garota com a vidinha perfeita que considerava Amon um problema, Lily vai forjando um laço de amizade com ele, e algo mais também. Os irmãos do Amon também são maravilhosos e altamente cativantes. Eu também amei o humor da Lily, eu não estava esperando uma protagonista tão divertida. E existem outros aspectos dessa aventura, e muitas e muitas coisas que acontecem, que me abstrai de contar para não estragar a leitura de ninguém, afinal não tem graça ler um livro já sabendo tudo que vem pela frente.
Não consegui entender como pudera passar do ódio absoluto - bem, pelo menos o mais perto desse sentimento que eu conseguia chegar - à confiança em um sujeito que era uma múmia antiga, com poderes mágicos e tal, e depois a querer que essa múmia antiga me beijasse, tudo em questão de minutos. Cara, eu estava mesmo… fora de mim.
A escrita já conhecida de Colleen fica ainda melhor nesse livro, ao menos ao meu ver. Eu achei A Maldição do Tigre meio parado, sem grandes desafios. O Despertar por outro lado tem desafios e perigos de sobra, o que torna a leitura ainda mais fluida e acelerada. Outro aspecto que também me fez gostar mais desse livro foi a mitologia, eu amo mitologia egípcia, e é por isso mesmo que não perdi a oportunidade de solicitar esse livro para a nossa parceira, editora Arqueiro. Embora tenha alguns mitos que conhecia de forma diferente, o livro sem dúvidas vai conquistar qualquer um que também goste dos mitos egípcios. Esse livro tem mais aventura do que romance, o que eu aprovei, mas isso não significa que não teve nenhum romance, ele apenas está enredado de forma natural no meio de muita ação. Acabei dando 4 estrelas para o livro, pois tiveram diversas coisas bem previsíveis. Mesmo assim, esse livro me deixou louca para ler a sua continuação, o que não aconteceu comigo quando terminei A Maldição, o que reforça a minha afirmação de que considero essa série melhor do que a anterior. 

Agora sem dúvidas eu dou 5 estrelas para a edição do livro e a simpatia da autora. A capa do livro é linda e ele como um todo está super caprichado, e a Arqueiro enviou o livro cheio de mimos lindos e maravilhosos. A autora foi um amor de pessoa durante a bienal do Rio e não tem como não ser fã dessa mulher. Sem dúvidas eu recomendo esse livro. Esteja você procurando por romance, aventura, mitologias, esse livro sem dúvidas irá te conquistar do início ao fim.
Se sabia alguma coisa sobre o amor, era que valia a pena lutar por ele, mesmo que eu precisasse usar uma espada para protegê-lo. O milagre de encontrar o amor, o amor de verdade, era raro o suficiente para fazer o dever e a obrigação terem que esforçar para enfrentar a concorrência.

Sobre a autora

Colleen Houck é antes de tudo uma leitora. Ela adora ação, aventura, ficção científica e romance, e seus livros favoritos incluem um pouco de cada um. Depois de obter um grau de associado da faculdade de Rick e transferir para a Universidade do Arizona, ela abandonou a escola para ir para a missão da igreja onde ela conheceu o marido. Colleen tem vivido no Arizona, Idaho, Utah, Califórnia e Carolina do Norte e agora está definitivamente resolvida em Salem, Oregon, com seu marido e seu gigante tigre branco de pelúcia.







4 comentários:

  1. Eu tive a infelicidade de conhecer alguns autores narizinho empinados que se comportavam como se tivessem ganhado o Nobel de Literatura, então sempre fico bem feliz ao ler sobre autores legais que receptivos para com seu público.

    Eu não conhecia a história e confesso que de início fiquei "outra história em Nova York, groundbreaking...", mas até que toda essa mitologia faz criar um interesse pela leitura :)

    Elder Ferreira

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    1. Nem se preocupe com NY, porque eles não ficam por lá durante muito tempo. Se você gosta de mitologia, não tem como não gostar desse livro.
      Bjs.

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  2. querida Patrícia, o que realmente me atrai em um livro assim é a mitologia nele contida. gosto de divindades e como a egípcia é totalmente estranha a mim quero me deleitar lendo este livro. é uma dica legal e se a edição é caprichada, melhor ainda. a simpatia da autora e sua resenha esclarecedora foram o empurrãozinho que faltava. ótima dica!

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    1. Então você vai gostar, ele está recheado de mitologia. Algo que eu também amo.
      Bjs.

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Bjão
Equipe Cia do Leitor