sexta-feira, 5 de julho de 2013

Resenha: "O guardião do tempo" - Mitch Albom

"Nunca é tarde demais nem cedo demais. É quando deve ser."

O guardião do tempo.Mitch Albom.
Editora: Arqueiro
Páginas: 240


Sinopse: Essa é uma história sobre o Pai do Tempo - o primeiro homem a contar as horas. Dhor sempre foi obcecado por enumerar coisas. Quando percebeu um padrão entre o nascer e o pôr do sol - que se repetiam um após o outro, infinitamente -, ele aprendeu a contar os dias. Ao descobrir que a lua mudava de forma e depois voltava ao seu formato original, passou a contar os meses. Sem saber, movido por uma curiosidade ingênua, Dhor estava aprisionando a maior dádiva de Deus - o tempo. E pagaria um preço alto por isso, sendo banido para uma caverna durante seis milênios. Imune aos efeitos dos anos, passava seus dias sozinho, forçado a ouvir as vozes das pessoas implorando por mais minutos, mais dias, mais anos - querendo esticar os momentos de felicidade e encolher os instantes de sofrimento. Depois de compreender o mal que havia criado ao fazer a vida girar em torno de um relógio, Dhor é mandado de volta à Terra com uma missão - ensinar a duas pessoas o verdadeiro sentido do tempo. Ele escolhe uma adolescente desiludida, prestes a pôr fim à própria vida, e um homem de negócios rico e poderoso que pretende desafiar a morte e viver para sempre. Cada um à sua maneira, eles precisam entender que o tempo é um dom precioso, que não pode ser desperdiçado nem manipulado. Para salvar a própria alma e concluir sua jornada, Dhor precisará salvá-los. Antes que o tempo se esgote - para todos

Resenha:

“O guardião do tempo” mistura as histórias de Sarah, uma adolescente depressiva e acima do peso; Victor, um milionário egocêntrico e paciente terminal de câncer e Dhor, o primeiro homem a contar o tempo. Quando o Deus do tempo se sente ameaçado por aquele que ousa aprisionar os seus minutos em uma gaiola mágica criada pelo homem: o relógio, Dhor é levado para uma caverna onde fica aprisionado por seis mil anos.

Já nos dias atuais (perto do ano novo de 2012), Sarah é uma adolescente problemática, insegura, acima do peso e depressiva (não sei o por quê, mas só pude eleger para interpretar esse papel na minha imaginação a kristen Stewart gorda). A jovem vive com a mãe com quem tem um gigantesco problema de comunicação. E justamente pela falta dela acaba se apaixonando por um cafajeste que fará de seus dias uma grande tormenta. Enquanto isso, do outro lado da cidade, Victor, um senhor milionário que vive de seus negócios e de projeções para o futuro esquece-se do presente e, quando se vê à beira da morte, decide traçar um plano. Achando que pode comprar tudo e todos com seu dinheiro e influência decide driblar o tempo e a própria morte.

Essa é a trama. Um personagem lutando por mais tempo e outro rezando pelo fim de sua vida miserável. E é nesse meio que o ancião do tempo libera Dhor, num mundo novo, onde não há nem vestígio de todos os que um dia o viajante do tempo veio a amar, para que cumpra seu destino reunindo essas duas almas confusas. Nosso protagonista então entra em cena com o poder de controlar o tempo em mãos para ensinar a esses dois a razão de termos nosso tempo definido na vida e ajudá-los a lidar com seus problemas pessoais.

Impressões adicionais:

(Se você também curte viajar nas capas talvez não vá gostar de ler o próximo parágrafo antes de manusear o seu próprio livro)

O livro tem uma leitura fácil e muito leve. A capa traz ao fundo a trama do destino que nos interliga com uma pintura que dá a impressão de antiguidade e relógios pendurados por correntes, os quais marcam o tempo de cada um de nós na terra. Particularmente adoro analisar as capas e achei uma escolha muito bonita. A história se divide em 9 partes e, não coincidentemente, em 81 capítulos. Sendo múltiplo de nove e reduzindo-se numerologicamente a ele mesmo. O número da morte e do renascimento. Fim e recomeço. O número do tempo. Trazendo sempre o sol e a lua ao início de cada divisão, nos mostra que também foram estes astros, outrora deuses, que ensinaram os homens a dividir suas vidas em dias, semanas, meses, anos e estações.

A leitura é bem rápida, o produto é de qualidade, como os demais da mesma editora que tive em mãos até agora, e a história é dinâmica e interessante contada de uma forma diferente. Um ponto negativo foi justamente a forma rápida que o autor escolheu para contar a história resumindo alguns acontecimentos que poderiam ter sido mais explorados.

Eu li e recomendo “O guardião do tempo” principalmente pela mensagem que a história traz e que, no nosso mundo atual onde tudo é instantâneo e não temos mais tempo para nada, é importante para parar e refletir o que estamos fazendo com o que temos.

8 comentários:

  1. A história parece ser boa, pena que a capa não ajudou.
    Bjs, Rose.

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    1. Concordo. Eu gostei da capa escolhida, mas poderia ter sido melhor trabalhada.

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  2. Oi
    Adorei a resenha e não imaginava que o livro seria tão interessante, gostei da trama ;)
    Parabéns pela resenha

    ps: tem resenha nova lá no Escuta Essa ;)
    http://escutaessa.blogspot.com.br/2013/07/resenha-as-regras-da-seducao-madeline.html

    Beijinhos
    Renata
    Escuta Essa

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  3. Eu não tinha me interessado pelo livro,mas sua resenha despertou meu interesse,essa coisa de nunca pararmos para apreciar os detalhes,as sutilezas,essa superficialidade me incomoda,somos do tempo em que tudo tem que ser feito muito rápido.

    A Arqueiro tem nos presenteado com ótimos livros e esse já entrou para a lista.

    bjsss

    Bianca

    http://www.apaixonadasporlivros.com.br/

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  4. Não gostei da capa, mas lendo a sinopse e sua resenha, acho que se surgir a oportunidade irei ler este livro.
    Lia Christo
    www.docesletras.com.br

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  5. Adorei a resenha, o livro me atrai bastante, mas, não diria o mesmo pela capa...
    Mas, como não se pode julgar um livro pela capa (coisa que faço sempre), vamos dá uma chance né?
    Parabéns, conseguiu conquistar-nos com a resenha.

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  6. Gostei da resenha, me deu curiosidade.
    Também darei a chance para o livro
    já inclui na minha lista.
    Parabéns a Editora

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  7. Belíssima resenha Piter. Li "A última grande lição" e me encantei com a prosa de Albom. Não sei ao certo o porquê de nunca mais ter lido nada do autor. Sou tremendamente avesso a livros de autoajuda, mas abro exceções para Albom. Há sempre uma lição doce a nos ensinar. Por causa de sua resenha voltei a procurar livros deste autor. Parabéns!

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Bjão
Equipe Cia do Leitor