sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Resenha: Bom dia, Verônica - de Andrea Killmore

Bom dia, Verônica
Andrea Killmore
Editora DarkSide

Sinopse: Em "Bom dia, Verônica", acompanhamos a secretária da polícia Verônica Torres, que, na mesma semana, presencia de forma chocante o suicídio de uma jovem e recebe uma ligação anônima de uma mulher desesperada clamando por sua vida. Com sua habilidade e sua determinação, ela vê a oportunidade que sempre quis para mostrar sua competência investigativa e decide mergulhar sozinha nos dois casos. No entanto, essas investigações teoricamente simples se tornam verdadeiros redemoinhos e colocam Verônica diante do lado mais sombrio do homem, em que um mundo perverso e irreal precisa ser confrontado.

Andrea Killmore compõe thrillers como os grandes mestres, e sua experiência de vida confere uma autenticidade que poucas vezes encontramos em suspenses policiais, vibrante e cruel — como a realidade.

Resenha


Verônica é uma simples escrivã da polícia civil de SP, ela atua como secretária de um delegado que está prestes a se aposentar e que agora só está interessado em arquivar todos os casos possíveis. Por ser filha de um policial, Verônica tem gana de prender bandidos, de desvendar crimes e punir culpados. Mas é claro que na posição atual dela isso é simplesmente impossível. Tudo o que ela faz, dia após dia, é cuidar de burocracia e relatórios.

E mais um dia se inicia nessa rotina entediante da Verônica, quando tudo muda completamente. Ao chegar no trabalho, atrasada como sempre, seu chefe está trancado na sala dele com alguém misterioso. E esse alguém acaba se revelando uma mulher chorosa, com a boca desfigurada, que havia ido a delegacia prestar queixa de um crime. Mas seguindo o seu novo lema, Carvana (o chefe da Verônica), manda ela engavetar o caso, e dar um jeito na mulher, por assim dizer. Até aí, sem grandes novidades. Mas a reação seguinte da misteriosa mulher irá transformar completamente a vida da Verônica. Pois do nada, ela se joga da janela da delegacia, cometendo suicídio diante dos olhos da Verônica. Mas antes de morrer, ela diz uma frase que será a faísca necessária para trazer de volta para Verônica o desejo de solucionar um crime. A vontade de fazer justiça para aquela mulher desesperada.

E seguindo os rastro da suicida, que se chama Marta, Verônica acaba sendo arrastada não somente para a trama desse crime e dessa mulher, mas também para a vida e o drama de outra mulher que a viu dando uma entrevista na TV sobre a morte da Marta. Considerando-se que teoricamente ela não poderia estar investigando nem mesmo um único crime, quanto mais dois, Verônica precisa contar com toda a sua lábia e seus contatos para conseguir manter os dois casos simultaneamente, sem levantar suspeitas.

Mais tarde, soube que ela se chamava Marta Campos. Mais tarde, soube tudo sobre a vida dela. Mais do que ela poderia imaginar. No entanto, naquele momento, eu não sabia de nada e, ainda assim, senti uma conexão forte, uma compaixão pela mulher com a boca nojenta. Agora eu entendo o motivo.

E é claro que isso não é nem um pouco fácil, mas em um misto de detetive, à la Sherlock, e de policial civil, ela vai aos poucos desvendando mistérios a cerca dos casos que está conduzindo. Isso tudo ao mesmo tempo que tenta manter uma família e seus casos aleatórios. Mesmo para uma equipe de policiais, os casos que ela assumiu já seriam complicados, mas como ela está praticamente sozinha nessas duas empreitadas, o que era difícil acaba se tornando mortal. E não é somente a vida da Verônica que está em risco, então agora ela deverá ser mais esperta do que seus alvos, agindo na surdina para pegá-los, antes que eles descubram que ela está atrás deles.

Bom dia, Verônica é um caso raro de livros desse gênero na literatura nacional. Costumo ler esse tipo de literatura criminal constantemente, mas sempre são internacionais. O fato da estória se passar por aqui dá um ar de realidade que nunca tive experimentado antes. Estão inseridos na estória nossos costumes, os melhores e os piores, como o jeitinho brasileiro. Verônica é uma personagem complexa, humana. Ela não é à prova de falhas, tanto que por várias vezes quiz dar um soco na cara dela. O fato de que, sendo ela uma pessoa tão esperta e mesmo assim capaz de cometer erros, fez com que ela se tornasse mais real. De certa forma, considero que ela seja incapaz de realmente atuar em uma equipe, acho que ela tem uma personalidade narcisista demais para isso. Mas ainda assim, não consegui deixar de gostar dela, ela tem um pouco de todos nós.

A narrativa do livro se desenvolve de forma rápida, o ritmo do livro te envolve facilmente. Um livro para ser rapidamente devorado, até porque a cada capítulo ficamos cada vez mais curiosos sobre o desfecho dos dois casos da Verônica. Ficamos desesperados para saber o que irá acontecer a seguir. O livro é narrado principalmente em primeira pessoa pela Verônica, mas a narrativa se alterna em alguns capítulos, o que amplifica a nossa visão sobre a estória.

A edição do livro é sem dúvidas uma obra prima a parte, com uma capa que invoca tanto mistério quanto a estória do livro e a história da autora. A arte da capa está linda, assim como as ilustrações que vamos descobrindo ao longo da estória.

Um livro que não deixa nada a dever aos gringos do gênero, esse livro irá te seduzir rapidamente. Que esse seja apenas o primeiros, dos muitos livros que autora ainda irá escrever, Mal posso esperar pelos futuros livros da autora.

A vida é assim: você faz cem coisas certas, mas os sacanas só se lembram de uma coisa errada. É injusto pra caramba, e injustiça dói na alma.

Classificação





Sobre a autora


Quanto menos você souber sobre Andrea Killmore, menos risco vai correr. Amiga íntima do perigo, a nova autora da DarkSide Books é uma revelação que não pode ser revelar, e seu verdadeiro nome continua um mistério até para a editora. Em outra vida, ela foi além importante dentro da polícia. Após trabalhar infiltrada em um caso e sofrer uma grande perda pessoal, a autora se viu obrigada a assumir uma nova identidade. E com ela, uma nova vocação. Escondida nas sombras, buscou na literatura a saída para vencer a depressão e não calar sua voz. Assim nasceu Andrea Killmore, pseudônimo batizado com sangue. Desde o primeiro e-mail à DarkSide Books, Quando enviou o original de seus romance de estréia, Bom dia, Verônica, a autora deixou clara a importância de seus anonimato. Todo o contato dos editores com ela é feito através de um advogado. Por questões de segurança, seu estilo de vida é extremamente reservado e não lhe permite conceder entrevistas ou participar de eventos públicos. O que mais você precisa saber? Que, seja ela quem for, Killmore é uma autora é uma autora de primeira. Ela escreve thrillers como os grandes mestres, e sua experiência de vida confere uma autenticidade que poucas vezes encontramos em suspenses policiais. A escritora conheceu de perto a verdadeira face do mal. Mesmo com tantos mistérios, sua literatura é vibrante e cruel - como a realidade.








7 comentários:

  1. Tive dificuldade com esta leitura, narrativa em primeira pessoal foi difícil e a protagonista para mim foi intragável =( Queria ter gostado mais!

    Beijos Joi Cardoso
    estantediagonal.com.br

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  2. Adoro os livros da DarkSide! Quero muito ler esse, adoro narrativas em primeira pessoa! Por ser um suspense, deve ser bem gostoso de ler!
    Beijos
    http://encontrosliterarioslivros.blogspot.com.br/

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  3. Aaah que dica bacana! Adoro policiais e ainda não conhecia nenhum nacional. Espero curtir! Dica anotada :)

    Beijos!

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  4. Oi, tudo bem? Não gosto muito de estórias policiais, apesar de ter lido Não conte a ninguém de outro autor. Essa pareceu interessante e fiquei surpresa por ser nacional.
    beijos.

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  5. Gostei muito da resenha, tenho muita vontade de ler esse livro! E que capa é essa???????? DARKSIDE é amor!

    Blog: http://literarte.blog.br
    Insta: instagram.com/blogliterarte
    Twitter: twitter.com/yasmimsaks

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  6. Olá!
    Eu fiquei sabendo desse livro e fiquei morrendo de curiosidade em ler, porque realmente parece não deixar nada a desejar em relação aos gringos do mesmo gênero. Adorei a sua resenha, espero gostar da obra tanto quanto você.
    Beijos.

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  7. Olá Patricia tudo bem, também li esse livro e gostei do mistério envolvido e criado pela autora, o final me surpreendeu e gostei do resultado. Bjkas

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Bjão
Equipe Cia do Leitor