segunda-feira, 18 de julho de 2016

Resenha: Exorcismo - de Thomas B. Allen

Exorcismo
Thomas B. Allen
Editora DarkSide

Sinopse: Se a ficção consegue ser tão assustadora, imagine o poder contido na história real? Muitos não sabem, mas a obra-prima de W. Peter Blatty, O Exorcista, não se trata de uma invenção. Ela foi inspirada num fenômeno ainda mais sombrio, desses que a ciência não consegue explicar: um exorcismo de verdade.
A história real aconteceu em 1949, e você pode conhecê-la — se tiver coragem! — no livro EXORCISMO, do jornalista Thomas B. Allen, lançamento da DarkSide Books em 2016. Exorcismo narra em detalhes os fatos que aconteceram com Robert Mannheim, um jovem norte-americano de 14 anos que gostava de brincar com sua tábua ouija, presente que ganhou de uma tia que achava ser possível se comunicar com os mortos.
Thomas B. Allen contou com uma santa contribuição para a pesquisa do seu trabalho. Ele teve acesso ao diário de um padre jesuíta que auxiliou o exorcista Bowdern. Como resultado, seu livro é considerado o mais completo relato de um exorcismo pela Igreja Católica desde a Idade Média. Os investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren definiram a obra de Thomas B. Allen como “um documento fascinante e imparcial sobre a luta diária entre o bem e o mal”.

Resenha

O filme O Exorcista todos já conhecem, muitos até mesmo já leram o livro homônimo que inspirou o filme. Porém o que nem todos sabem é que O Exorcista foi baseado em uma história real, de um exorcismo real. E é nesse livro que encontramos uma reconstituição dos eventos relacionados a esse exorcismo que ocorreu em 1949.

O autor escreveu a maior parte do livro se baseando em um registro realizado dia-a-dia por um dos padres que participou do exorcismo. Muitos aspectos da história foram alterados quando o livro O Exorcista foi escrito, no caso desse livro, as únicas informações alteradas foram aquelas necessárias para preservar a identidade do garoto exorcizado e de sua família. 

A narrativa da história não é romantizada, ela segue mais uma linha “documentário”, onde o autor vai narrando os fatos de acordo com o que ele conseguiu reunir através do registro do padre e também através de entrevistas e outros tipos de registros da época. Muitas coisas ele não pode validar, mas para todos os casos ele deixa bem claro ao final do livro as fontes de onde extraiu as informações. 

Nós conhecemos a história de Robbie, um garoto normal de 13 anos, filho único e que gostava de jogos de tabuleiro. Sua vida não tinha nada de extraordinário, o mais próximo disso fosse talvez a sua tia Harriet, que se considerava uma espiritualista e que certa vez levou para ele um tabuleiro de Ouija. Mas tudo começa a mudar justamente após a morte de sua tia. Algumas semanas após esse fato, estranhos fenômenos começam a ocorrer naquela pacata casa. Sons de goteiras e de ratos arranhando o piso. Não demora muito para que os fenômenos que no início pareciam ser relacionados a casa comecem a perseguir Robbie, até mesmo na escola.

E é a partir daí que começa a via Crucis dessa família. Eles eram Luteranos, mas na sua religião não existia algo como exorcismo para possessão demoníaca. Não que isso tenha sido a primeira suspeita que recaiu sobre o garoto. Desde a atos deliberados do garoto até poltergeist, tudo começou a ser considerado. O que estava bem claro é que algo fora do normal estava acontecendo, afinal objetos estavam voando! E nesse busca toda por especialistas e por toda e qualquer tipo de ajuda, os pais de Robbie finalmente chegaram na Igreja Católica.

Entre muitos percalços e muitas suspeitas por partes de todos envolvidos, finalmente o livro começa a parte que mais nos atrai, o exorcismo em si. Essa etapa do livro é totalmente imparcial e ao mesmo tempo rica em detalhes do que aconteceu naquele período, todas as etapas, todas as orações e estratégias adotadas para combater o mal que residia dentro de Robbie. 

Apesar de ser uma narrativa diferente da qual estou acostumada, não tive problema com a mesma. O livro sem a menor dúvida te prende. Você sente essa necessidade de continuar lendo, de saber o que irá acontecer, desde o início, quando os pequenos incidentes acontecem, até o final. Nós acompanhamos não só o impacto de tudo que o ocorreu na vida do garoto, como também a de seus parentes e também na dos padres envolvidos. O autor não se limita apenas a narração dos fatos, ele nos respalda com fatos e curiosidades sobre ritos católicos e de outras religiões para que não fiquemos perdidos na leitura. O livro consegue nos transportar para dentro da época, para dentro história.

Sobre a edição do livro, acho que nesse aspecto só uma palavra a ser dita: DarkSide. Acho que a editora já dispensa qualquer apresentação nesse quesito. Ela novamente consegue nos presenter com uma verdadeira obra de arte. O livro tem capa dura, a arte do livro está lindamente assustadora, digna de fazer vovozinhas puxarem o terço e se benzerem no ônibus, dentro do livro, no início e no fim, vem um tabuleiro de Ouija e o marcador é na verdade uma planchette. Não que eu vá um dia usar esses tabuleiros depois de ler esse livro….

Esse livro ganhou 5 estrelas sem um momento de hesitação, sem dúvidas o fato de ser baseado em fatos reais só deixa tudo ainda melhor. Mas já devo alertá-los, durante um bom tempo você irá ficar preocupado com barulhos estranhos que possam vir a ocorrer na sua casa.




Classificação




Sobre o autor
Thomas B. Allen é jornalista desde os anos 1950. Na década seguinte, foi contratado pela divisão editorial da National Geographic, onde contribuiu como freelancer até hoje. Tem mais de quarenta livros publicados sobre os mais diversos temas, como política internacional, história dos Estados Unidos, guerras, espionagem, romances, vida selvagem e fauna marinha, incluindo alguns títulos sobre tubarões. Saiba mais em tballen.com





10 comentários:

  1. Olá Patricia !

    Nem tem o que falar das edições da DarkSide... todas são perfeitas, que mesmo que o livro não seja meu gênero de leitura eu tenho vontade de comprar!!!
    Essa não é um livro que eu compraria de cara, porque não curto muito o gênero, mas a cada lançamento da DS eu fico pensando se não deveria tentar, vai que eu gosto né... e nada melhor que um clássico para começar!

    =)

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    1. Comigo também é assim. Eu comprou e só depois leio a sinopse. É muito amor pela DarkSide.

      bjs.

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  2. Um clássico obrigatório que quero muito ler, ainda mais pela edição da Darkside que sempre arrasa.!Bjs

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    1. DarkSide mora nos nossos corações. A edição está linda e o livro é ótimo.

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  3. Olá,
    Concordo com a Danielle.
    É um clássico que muitos precisam ler, inclusive eu.
    Embora não seja meu gênero preferido de leitura (gosto de romances), tenho muita vontade mas ainda não tive a oportunidade em meio a tantas leituras que tenho para fazer.
    Adorei a resenha e fico feliz pela edição ser feita pela DarkSide. Isso indica que ela é maravilhosa.


    http://leitoradescontrolada.blogspot.com.br

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    1. É sempre bom lermos algo fora do nosso gênero favorito. Faço isso as vezes e muitas dessas vezes acabo me surpreendendo com livros maravilhosos.

      bjs.

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  4. Olá!
    Tenho muita vontade de ler Exorcismo e espero que consiga em breve.
    Costumo ter um pouco de medo quando a história é baseada em fatos reais, mas acredito que pelo fato de ser narrativa em forma de documentário, seja mais tranquilo para ler.
    Gostei da resenha e a DarkSide mais uma vez arrasou na edição.
    Beijos.

    Li
    Literalizando Sonhos

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    1. A DarkSide sempre arrasa, né? Eu achei essa narrativa muito interessante, não costumo ler muito livros com esse tipo de narrativa, ainda mais baseada em fatos reais.

      bjs.

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  5. Não acredito que teve coragem de ler esse livro, você é uma heroína hsuaihsia, pois eu não tenho, gosto dos livros da DarkSide mas histórias baseadas em fatos reais são ainda demais para mim, espero um dia perder o medo, pois esse livro parece algo incrível!! ><

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    1. Hahahaha... agora estou imaginando você tendo vários ataques de medo lendo o livro. Tenho uma amiga que é assim, mas mesmo assim ela continua lendo. Sabe, eu amo sentir medo. Quanto mais medo eu sinto, mais eu gosto do livro.

      bjs.

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Bjão
Equipe Cia do Leitor